A revolta árabe é uma onda de protestos e revoluções desencadeadas em países do Oriente Médio e Norte da África desde 2010 após a morte de um menino tunisiano que ateou fogo em seu próprio corpo para protestar contra as condições de seu país. As revoltas, que começaram na Tunísia se espalharam para outros países e passou a ser chamada de Primavera Árabe. Durante esse período, diversos ditadores deixaram o poder. Enquanto isso, outros países ainda enfrentam ondas de protestos e violência do governo.
Os protestos na Tunísia, iniciados em dezembro de 2010, fizeram com que Zine el-Abdine Ben Ali, no poder desde 1987, fugisse para a Arábia Saudita, depois de dez dias de intensos confrontos. Os tunísios foram os primeiros na região a realizar eleições democráticas.
Após essa vitória parcial sob a ditadura imposta nesses países, a população do Egito começou a se movimentar para lutar contra sua situação. Milhares de egípcios foram as ruas para protestos e manifestações apoiando a retirada o ditador Hosni Mubarak, que estava no poder há 30 anos. Os manifestantes iam todos os dias para a praça Tahrir (Praça da Libertação) e pediam pela saída de Mubarak que só renunciou 18 dias depois após o início das manifestações.
A Líbia foi outro país árabe a lutar pela saída de um ditador no poder. Muamar Kadafi estava há 42 anos como presidente do país. Nesse caso, o ditador demonstrou mais resistência o que causou uma verdadeira guerra civil com revoltas em todo o país. Os rebeldes foram tomando as cidades dominadas pelo ditador e a capital do país foi tomada em agosto de 2011. Meses depois o ditador foi morto na cidade de Sirte.
Outro presidente a cair com a revolta árabe foi Ali Abdullah Saleh que presidia o Iêmen. Devido a pressões populares e um atentando contra uma mesquita, Saleh renunciou o poder que ficou a cargo de seu vice-presidente. Coube a ele estabelecer uma reconciliação e um governo provisório. A Síria, outro país que tenta acabar com uma ditadura, permanece sob confrotos e sob a liderança do ditador Bashar al-Assad.
Uma grande preocupação das potências mundiais é o futuro dessas nações que agora estão livres para tomar suas próprias decisões. As dúvidas estão relacionadas principalmente a ala conservadora do Islã e a utilização da sharia, a lei islâmica. Os países que ainda não foram afetados pela Primavera Árabe estão buscando revitalizar sua maneira de governar para evitar que isso aconteça.
Um outro aspecto detectado na Revolta Árabe é a quebra de uma aliança desses governos ditatoriais com os Estados Unidos, que possui interesses econômicos nas reservas de petróleo abundantes na região. A Liga Árabe, formada por países como Arábia Saudita, tenta mediar a situação mediante os conflitos.