CEPAL , Estruturalismo ou Desenvolvimentismo
Comissão Econômica para América Latina e Caribe (1950)
Raul Prebisch e Celso Furtado
Os estudos da Cepal surgiram para explicar o atraso no desenvolvimento econômico do Brasil.
Causas da Tendência para Deterioração dos Termos de Troca
» Durante a II Guerra Mundial ocorreu a Evidência Empírica da deterioração dos termos de troca, ou seja, os alimentos se tornaram escassos.
» Elasticidade-Renda, o aumento da renda impacta sobre o consumo, e a elasticidade-renda dos bens industriais seriam superior a elasticidade-renda dos bens agrícolas, dessa forma, o valor arrecadado com a venda de bens agrícolas era sempre insuficiente para cobrir as despesas industriais.
» Organização dos setores, pois os setores eram organizados de acordo com a indústria fordista, o que facilitava o ciclo capitalista, ou seja, os grandes diretores obtêm mais lucros do que os seus funcionários, que devem trabalhar por um longo período para sobreviver.
Bens industriais tendem a ser produzidos por Oligopólios e bens agrícolas possuem estrutura competitiva, então o preço dos bens industriais aumenta e o preço dos bens agrícolas diminui. A solução para romper com isso, segundo o pensamento cepalista, é o processo de industrialização por substituição de importações, ou seja, passar a produzir internamente o que antes era importado.
A industrialização por substituição de importações possui duas fases:
» de 1920 a 1950, primeiro produziu-se bens de produto final;
» no período militar, investiu-se na indústria de base.
Argumento para justificar a substituição por importações, além da deterioração dos termos de troca, existia o argumento da indústria nascente no século XIX, na Alemanha unificada de Bismarck. Na qual, o desenvolvimento a partir da industrialização, para Alemanha se desenvolver, precisa fechar a indústria, até deixar de ser nascente. Para então, abrí-la além das fronteiras nacionais.
Condições necessárias para substituição por importações dar certo:
» Mercado interno amplo para explorar economia de escala (África e América Central não têm);
» Capacidade de dinamizar a cadeia produtiva prévia (ferro, pneu, borracha) da matéria-prima.
Outros argumentos intervencionistas:
» Perda de Emprego nos EUA, com protecionismo norte-americano, as firmas deslocam-se para onde a mão-de-obra é mais barata, e há perda de emprego
contra-argumento: a taxa ficou estável porque há realocamento de trabalhadores, pois o comércio leva a concentração de renda.
» Segurança Alimentar, na França com protecionismo agrícola devido a guerras. É insuficiente e precisa de subsídios, quotas e tarifas.