A partir do ano de 2008 entrou em vigor a Reforma Ortográfica, que torna a Língua portuguesa única em todo o mundo, principalmente nos países que a possui como idioma oficial. A nova regra já está valendo e sendo usada por algumas Bancas Examinadoras em provas de concursos públicos. É importante que todos os cursos preparatórios e pré-vestibular estejam atento a essa regra. Até 2012 ocorrerá um período de transição, as duas formas de escrita nesse meio tempo serão válidas nos concursos públicos, vestibulares e escolas.
Mas o porquê dessa Reforma Ortográfica?
Há quase 20 anos tenta-se um acordo ortográfico na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CLPL), que é constituída por: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Leste. Mas esse acordo só foi efetivado agora porque Portugal não cedia a adesão.
O que muda na Língua Portuguesa?
A pronúncia das palavras não irá mudar, apenas a sua escrita.
Quais são as novas regras para a escrita?
As letras k, y e w passam a fazer parte do alfabeto.
Não se usará o acento circunflexo (^) :
a) Nos ditongos “oo”.
Ex.: vôo → voo / perdôo → perdoo / abençôo → abençoo / enjôo → enjoo
b) Nos hiatos “eem” das terceiras pessoas do plural dos verbos: crer, dar, ler e ver.
Ex.: crêem → creem / dêem → deem / lêem → leem / vêem → veem
Não se usará acento agudo (´):
a) Nos ditongos abertos “ei” e “oi”.
Ex.: idéia → ideia / jibóia → jiboia / heróico → heroico / jóia → joia
Exceção:Permanece nas palavras oxítonas e nos monossílabos. Ex.: herói / pá / dói
b) Nas vogais “I” e “U” antecedidas por ditongo.
Ex.: feiúra → feiura / cauíla → cauila / baiúca → baiuca
c) Na vogal “U” tônica dos verbos: apaziguar, averiguar e arguir.
Ex.: apazigúe → apazigue / averigúe → averigue / argúem → arguem
Não se usará os acentos diferenciais.
Ex.: pêlo → pelo / pára → para / pêra → pera / pólo → polo
A trema deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
Ex.: lingüiça → linguiça / pingüim → pinguim / tranqüilo → tranquilo
Müller – nome próprio, mantêm a trema
O hífen deixa de ser usado:
a) A segunda palavra após o hífen iniciar com “S” ou “R”, essa letra dobrará. Ou seja, quando o prefixo terminar com vogal e a segunda palavra iniciar com as letras “R” e “S”. Retira-se o hífen e duplica-se as letras “R” ou “S”:
Ex.: anti-social → antissocial / contra-regra → contrarregra
anti-rugas → antirrugas / mini-saia → minissaia
b) A primeira palavra termina em vogal e a segunda inicia também por vogal. Ou seja, quando o prefixo terminar com uma vogal diferente da vogal que iniciar a segunda palavra.
Ex.:auto-escola → autoescola / infra-estrutura → infraestrutura/ co-autor → coautor
Obs.: Em Portugal, as palavras que tem na sua grafia consoantes mudas, tais consoantes passarão a não existir.
Ex.: facto → facto / acto → ato / acção → ação / óptimo → ótimo / baptismo → batismo
O hífen continua sendo usado:
a) Quando a segunda palavra for inicial pela letra “H”.
Ex.: super-homem / anti-higiênico / co-herdeiro / sobre-humano
Exceção: Subumano.
b) Quando o prefixo for terminado pela mesma vogal que iniciou a segunda palavra.
Ex.: micro-ondas / anti-inflamatório / contra-ataque
Exceção: prefixo co- (Ex.: cooperar / coordenar)
c) Quando o prefixo for terminado pela mesma consoante que inicou a segunda palavra.
Ex.: super-resistente / hiper-rápido / sub-bloco
Exceção: O prefixo sub mantém hífen com palavra iniciada pela letra “R”. Ex.: sub-raça
d) Em palavras com os prefixos: Além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem, vice.
Ex.: além-terra / aquém-mar / ex-noivo / pós-doutorado / pré-requisito / pró-ativo / recém-casados / sem-terra / vice-presidente do Brasil
e) Em sufixos com palavras de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Ex.: capim-açu / embu-guaçu / guajará-mirim