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Relações Bilaterais do Brasil

O Brasil estabelece relações com outros países e organizações internacionais baseado no artigo 4º da Constituição Federal. As maioria das negociações são feitas por meio  de Tratados Internacionais aprovados pelo Ministério das Relações Exteriores juntamente com o Congresso Nacional. Quem representa o Brasil nessas negociações são os chefes de Missões Diplomáticas e Embaixadores do Itamaraty. Os principais princípios adotados pelo Brasil nas Relações Bilaterais são:

  1. Autoderminação dos Povos
  2. Não Intervenção nos Assuntos Vizinhos
  3. Cooperação Internacional
  4. Solução Pacífica de Controvérsias

 

Relações Bilaterais Brasil - China

A China é uma das prioridades na Política Externa Brasileira. Como a prioridade dos países desenvolvidos é segurança, há pouca disposição em debater problemas dos países do sul. No plano econômico, os países desenvolvidos são protecionistas e não irão abrir mão dos subsídios agrícolas. Como não há uma visão para os países em desenvolvimento, a cooperação sul-sul aparece como uma escolha racional e lógica, já que o Brasil tem o princípio não confrontacionista. Por isso, há o redesenho da balança mundial de poder: volta-se para o sul.

A China é o maior país e mais populoso do mundo. Ela é o próprio redesenho da balança mundial de poder; pois, não tem como falar em redesenho da balança mundial de poder sem contar com a China. A China é a 2ª maior economia do mundo, mas não tem uma renda per capita muito alta, o que demonstra desigualdade social. Porém, a renda per capita não é um fator independente de crescimento, pois a globalização atinge a todos, inclusive quem tem renda per capita baixa. A China e o Brasil fazem uma Parceria Estratégica, pois a China é um Parceiro Privilegiado para o Brasil.

A China é um importador de agricultura e o Brasil é um exportador de agricultura, para isso existe o G20, que é um grupo monotemático que só trata de Agricultura. O perfil de comércio com a China é deficitário, pois o Brasil exporta 27,9% e importa 57,9% da China. Como o Brasil tem uma pauta da exportações restrita e concentrada em farelo de soja e minério de ferro, e a China tende a diversificar seu comércio aumentando o valor agregado de suas exportações, para isso o Brasil precisa tomar algumas medidas para impedir que o déficit aumente:

  1. Buscar saldo positivo na balança de serviços, implantando fábricas na China
  2. O Brasil deve diversificar sua pauta de exportações de produtos básicos
  3. Deslocamento do Brasil em Terceiros Mercados

A China desloca nossa produção interna para atividades que são socialmente importantes, ou seja, demandam pouco capital e muita mão-de-obra, como por exemplo calçados, têxteis e brinquedos.

Bandeira Estados Unidos da América

Relações Bilaterais Brasil - EUA

As Relações Bilaterais entre Brasil e Estados Unidos tem um longo histórico de convergências e períodos não tão convergentes. Porém, desde o Governo Lula, essa parceria tem se intensificado significativamente. Os Estados Unidos vêm o Brasil como uma liderança na América Latina. Dessa forma, o Brasil é uma potência política e cada vez mais forte economicamente.

Aliança Não-Escrita

Ocorreu aproximação entre Brasil e Estados Unidos na época de Barão do Rio Branco, porque antes dessa época, o eixo de negociações era a Europa. Nas relações do Brasil com EUA não havia nenhum elemento formal, era uma aliança pragmática (e não ideológica). Dessa forma, o aspecto mais importante da estratégia fronteiriça era se isolar e apoiar os EUA, segundo a política do Big Stick de Roosevelt, pois os EUA eram o principal consumidor de café e, por isso, surgiu a aliança não escrita.

Autonomia pela Distância

Na década de 50, com o Governo Vargas, o Brasil tem um governo idealista, então ocorre a autonomia pela distância, o que demonstra o esgotamento do relacionamento do Brasil com os EUA. Há congelamento do poder mundial, para manutenção do status quo. Em 1975, o Brasil conclui o acordo nuclear com a Alemanha, nesse mesmo ano o Brasil reconhece a Independência de Angola. Ocorre o rearranjo do poder mundial, porque alguns países ficam mais ricos e outros mais pobres.

Autonomia pela Participação

Nessa época, os regimes passam a ser fundamentais, porque com o fim da Guerra Fria e com o avanço da Globalização, aumenta a interdependência entre países. Por fim, a diferença de poder entre EUA e Brasil aumenta e, o Brasil deixa de ser uma ameaça.

Segundo Kofi Annan:

Os acordos unilaterais estão fadados ao fracasso, embora as relações multilaterais não sejam garantia para o sucesso".

Estágio Atual

A relação Brasil - EUA é caracterizada por relações maduras, na qual apesar de haver diferenças, crises e desentendimentos entre países, as relações não são afetadas. Atualmente, os EUA são o país que mais recebe investimentos da América Latina. 

Segundo Seixas Corrêa:

Há o encapsulamento de crises". 

Relevância Mútua

Os Estados Unidos têm muita influência na América Latina pela sua capacidade de definir consensos.


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