Estou entre os aprovados (ainda não classificada) do concurso do Ministério da Justiça de 2009, aguardando o resultado oficial da correção da redação. Porém, com o passar dos dias vou me deparando por incertezas dos trâmites do concurso, tenho mais certeza das irregularidades e fraudes, da banca examinadora Funrio.
O concurso que estou falando trata-se daquele que foi cancelado uma vez por diversas irregularidades, e fizemos novamente as provas em data posterior.
A segunda prova que fiz, para o cargo de Analista Técnico Administrativo (275 vagas - ampla concorrência) para supresa geral dos candidatos trouxeram 7 (sete) questões canceladas, totalizando 19 pontos para as pessoas que erraram a questões. Algumas questões realmente estavam incorretas e mereciam o cancelamento, porém há questões que não justificam.
Essa brincadeira fez com que vários candidatos não fossem desclassificados por não atingir a pontuação mínima nas disciplinas, pois foram anuladas:
- 1 questão de português: tinham 12 questões, o candidato deveria acertar 4;
- 1 questão de informática: tinham 5 questões, o candidato deveria acertar 2;
- 1 questão de legislação: tinham 3 questões, o candidato deveria acertar 1; (Essa foi a pior, fez com que diversos candidatos fossem aprovados!!!!)
- 3 questões de Administração Financeira e Orçamentária: tinham 16 questões, o candidato deveria acertar 5; (Essa carregou diversos candidatos)
- 2 questões de Direito: tinham 24 questões, o candidato deveria acertar 8.
Enfim, diante de uma gabarito oficial deste estava me preparando para o pior! A nota de corte desta prova foi altíssima, e os candidatos selecionados para redação tinham que estar com no mínimo 92 pontos! Passada a revolta, comecei a rezar para prova de redação
Obs.: Para ficar claro que não é briga de quem está lá atrás na pontuação, antes do cancelamento estava com uma pontuação de 96 pontos no gabarito preliminar, depois do gabarito oficial com os cancelamentos fui para pontuação 99.
Resultado suspeito na redação
Surpresinha novamente com o resultado preliminar da redação! Depois de não cumprir com o cronograma, atrasando o resultado, a BANCA EXAMINADORA, surge com a nota da redação e não divulga o “espelho de correção e avaliação”, divulgou a redação corrigida intacta com uns números ilegíveis ao lado da borda direita (números estes que não estão especificados no edital e tão pouco do que se trata na redação).
O mais curioso foi que TODAS as notas do certame foram pontuadas ou com zero ou com notas múltiplos de “5” (exemplos: 50; 55; 60; 65; 90; 95 e 100), não divulgaram os erros e abriram o prazo para recurso de 3 dias. O fato mais curioso é que ou o candidato tirou zero, ou ele tirou nota acima de 50. Tirando os candidatos com zero, ninguém tirou abaixo de 50 na redação. Por que será???? Agora como entrar com recurso de um erro, que você não sabe qual o erro?!
Candidata discorda da correção da prova
No meu entendimento a intenção está sendo ou de prejudicar ou favorecer determinadas pessoas. O método de correção subjetivo, onde não está sendo observados os princípios expressos e implícitos no nosso ordenamento jurídico, especialmente na Constituição Federal de 1988, como da Democracia, Isonomia, Impessoalidade e Eficiência.
A lisura de todo processo deveria garantir igualdade de tratamento e vedação de privilégios e discriminações injustificadas, tornando a seleção transparente e objetiva. É relevante ainda destacar a sempre presente necessidade de garantir o direito à informação, facilitação de vista das correções e a publicidade efetiva.
Objetivando selecionar, de forma democrática e isonômica, os mais aptos a proporcionar uma atuação administrativa eficiente no atendimento ao interesse público e ao cidadão. Como o método de correção não foi divulgado no Edital e também sem ter acesso à folha de correção e avaliação, não sabemos “o que” recorrer de forma objetiva. Lendo todas as reportagens e todas as acusações de fraude no concurso da Polícia Rodoviária Federal, também pela FUNRIO, resolvi não me calar e tentar que as autoridades olhem por nós e investiguem a fundo a instituição.