A globalização e o início do século XXI trouxeram alterações no mundo, que podem ser sentidas em diversos países. Essas mudanças são de ordem política e econômica, o que espelha a política externa Brasileira.
Do final do século XIX a 1930 ocorreu o paradigma liberal-conservador, com o início do ciclo do café. De 1930 a 1989 ocorreu o paradigma desenvolvimentista, com o pensamento Cepalista e o Regionalismo Aberto. Entre 1990 a 2002 ocorreu o estado normal, com os governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. E em 2003 teve início ao Estado Logístico, na qual o governo Lula levou empresários para realizar negociações internacionais.
Paradigma Neoliberal
Foi uma adaptação à ordem global nos anos 90. Nessa época, o Estado é mínimo, pois o mercado regula a economia.
Consensos
Como FMI, Consenso de Washington e Banco Mundial, que vendem receitas prontas aos países periféricos, que são adotados com entusiamo pela América do Sul.
Desnacionalização
Econômica: Abertura econômica interna do sistema produtivo por capitais, empreendimentos e tecnologias estrangeiras. Segundo Amado Cervo, as privatizações dissolvem e alienam o núcleo central robusto da economia nacional. Há abertura do mercado consumidor, sobretudo com alienação de ativos das empresas nacionais.
Globalização Assimétrica
Foi construído no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, que geram efeitos negativos no núcleo duro da economia global. Desas forma, Fernando Henrique Cardoso já ensaiava os primeiros passos do Estado Logístico, que não aconteceu na Argentina de Menem.
Desenvolvimentismo
- Presença muito grande do Estado na economia;
- Instabilidade monetária;
- Crise da dívida externa nos anos 82, principalmente.
Paradigma do Estado Logístico
Foi uma correção do modelo que terminou em 2003.
Efeitos nocivos do modelo dos anos 90
Abertura do mercado de consumo, com déficit da balança (rompendo com a tradição superavitária desde os anos 30); endividamento externo por causa da remessa abusiva de lucros; alienação de ativos no núcleo duro da economia nacional, que teve como consequência a desnacionalização e a privatização; submissão aos consensos, gerados pela dependência econômica e subserviência política, pois as regras podem ser nocivas aos interesses nacionais, pela obediência a ordem global. Portanto, os países perdem poder.
Efeitos positivos do modelo dos anos 90
A abertura econômica provocou revolução nas plantas industriais brasileiras, devido as tecnologias mais competitivas. Como consequência, o Estado repassa responsabilidades à sociedade, o que provoca diminuição do Estado e ascensão da sociedade.
Na consolidação do Estado Logístico, o papel do Estado é inovado, assumindo a função de intermediário entre os segmentos sociais, que tanto realiza interesses sociais como orienta a sociedade. Então,o papel do Estado não é ser o condutor direto e nem abandonar a sociedade, mas o papel do Estado é dar apoio logístico à ação da sociedade.
Dessa forma, o Estado dá apoio ao mercado, para reduzir desigualdades econômicas e sociais. Há uma nova consciência do papel do Estado, que é agente ativo do sistema que induz ao desenvolvimento e igualdade. Estado Logístico é aquele que não se reduz a prestar serviço nem a assistir passivamente às forças do mercado, pois é aquele que facilita a ação dos segmentos da sociedade que busca a realização de seus interesses e, com isso, o Estado zela para o bem-estar social e equilíbrio da sociedade.
Causalidades do Estado Logístico:
- Nível avançado de organização da sociedade;
- Estabilização econômica monetária.