Getúlio Vargas foi o presidente do Brasil entre 1930 e 1945 por um período que ficou conhecido como Era Vargas. Ainda na década de 30, o Brasil passava pela República Velha com lideranças café com leite, ou seja, revezado entre políticos mineiros e paulistas. A presidência na época era ocupada por Washigton Luís, um paulista, portanto, ele deveria apoiar um mineiro. No entanto, ao apoiar o também paulista Júlio Prestes foi instituída uma revolta armada.
Com o fim da República Cafeeira, Getúlio chegou ao poder após um golpe militar. A era Vargas pode ser dividida de três formas: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo.
O Brasil vivia um período de ditadura e foram criados novos ministérios e o Estado continuou valorizando o café na economia brasileira. Em 1931 a Constituição foi extinta e culminou na Revolução Constitucionalista de 1932. A cidade de São Paulo lutou durante três meses contra militares de outros estados que eram favoráveis ao governo getulista.
Apenas em 1934 foi promulgada uma nova Constituição com novidades como o voto secreto e feminino, ensino primário obrigatório, criação do Tribunal do Trabalho e eleições diretas para o Executivo e Legislativo. Nesse período surgiram dois partidos políticos importantes: AIB e ANL.
O partido da Ação Integralista Brasileira (AIB) era de extrema direita e anticomunista com a defesa do Estado totalitário. Já a Aliança Nacional Libertadora (ANL) defendia um governo popular e democrático. Rapidamente a ANL recebeu apoio de comunistas, tenentes, socialistas e sindicatos. Para conter o crescimento desse partido foi instituída a Lei de Segurança Nacional, com o fechamento de núcleos do partido. A resposta veio com movimentos em vários estados, a chamada Intentona Comunista.
Estado Novo (1937-1945)
Em 1937 Getúlio Vargas deveria deixar o poder para sucessão presidencial. Havia três candidatos a eleição: Armando de Sales Oliveira, Plínio Salgado e José Américo de Almeida. Getúlio queria permanecer no poder e tinha apoio de militares. Sendo assim, houve a divulgação do Plano Cohen, um plano falso criado para o golpe de estado em novembro de 1937. O Congresso Nacional foi fechado, suspenderam a Constituição e as eleições para presidente.
Ainda naquele ano foi outorgada uma nova Constituição, que apresentava legislação trabalhista, centralização política, intervenção nos Estados, fim do legislativo, fim dos partidos políticos e crescimento do poder presidencial. Também foram proibidas greves e manifestações. Uma das decisões favoráveis a população foi a Criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que foi usado para aumetar o populismo do governo Vargas.
Foram criadas várias empresas estatais para administrar os setores econômicos do governo. Dois órgãos estatais surgiram nesse período: o DASP (Departamento de Administração e Serviço Público e o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). O DIP era responsável pela censura dos meios de comunicação.
Na Segunda Guerra Mundial, em 1942, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo com o envio da FEB (Força Expedicionária Brasileira) e da FAB (Força Aérea Brasileira). O país que lutava contra países ditatoriais era o que também passava por uma ditadura.
O Fim do Estado Novo
Em 1945 foram marcadas eleições presidenciais e três partidos concorreram. A União Democrática Nacional (UDN), que fazia oposição a Vargas e tinha como candidato o Eduardo Gomes. E o Partido Social Democrático (PSD) que apoiavam o general Eurico Gaspar Dutra para a presidência. E o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de Getúlio Vargas. Naquele ano surgiu um movimento que pedia a permanência de Getúlio Vargas no poder.
Em outubro de 1945 foi aplicado um golpe e o presidente foi deposto e em dezembro foram organizadas novas eleições com a vitória de Eurico Gaspar Dutra.
Em 1950 o PTB o lançou novamente como candidato e pelo voto popular ele retornou ao poder em 1951. Mas, agora ele governava democraticamente e isso enfraqueceu sua política. Em agosto de 1954 Getúlio Vargas se suicidou deixando uma carta.