Atualmente, o sistema econômico que prevalece no mundo é o capitalismo que iniciou a partir do século XV, na Inglaterra, e foi se ampliando após o século XVIII, às margens da Revolução Industrial. A medida que a era da informação se desenvolve, o capitalismo alinhado a globalização têm gerado um estilo de vida cada vez mais dinâmico.
O que é capitalismo?
O capitalismo é um sistema econômico que se desenvolveu entre o século XV e XVIII e foi se consolidando. Ele é caracterizado pela aquisição de capital proveniente do comércio e apropriação do trabalho humano (escravo ou assalariado), sendo conhecido como capitalismo comercial. Após o século XVIII, surgem alguns meios de produção durante a Revolução Industrial, como o tear e a máquina a vapor. É nessa época que o homem passa a oferecer mão de obra em troca de salário e a viver em lugares pequenos através de salários desonestos e intensa jornada de trabalho, sem a possibilidade de reclamar os seus direitos.
Com o surgimento das atividades bancárias, por meio de empréstimos, o dinheiro se tornou o principal símbolo do sistema capitalista. A partir disso, surge a classe daqueles que possuem as ferramentas e os meios de dominação, chamada de burguesia e a classe detentora da mão de obra, ou seja, da força de trabalho, chamada de proletariado. As principais características do sistema capitalista são:
- Propriedade privada;
- Trabalho Assalariado;
- Livre Iniciativa sobre a Planificação Estatal.
Fases do Capitalismo
Anteriormente, na idade média, o que prevalecia era o comércio e a produção artesanal no século XI, época em que ainda predominava o sistema feudalista. Estes elementos eram privilegiados e não havia muito foco no trabalho assalariado, que era comum apenas nos centros mais desenvolvidos. Os trabalhadores (artesãos), donos de suas ferramentas e oficinas, comercializavam seus produtos e não a sua mão de obra.
Com o desenvolvimento do comércio e novas oportunidades de trabalhos surgiram outros fatos como o aparecimento de doenças graves (peste), o crescimento populacional, a falta de alimento, a baixa produção agrária, entre outros, que fizeram com que o antigo sistema declinasse, dando abertura ao capitalismo.
O capitalismo passou por enorme transição até se consolidar. Por motivos didáticos, as fases foram dividas e observa-se que há momentos de expansão seguidos de crise e desaceleração do crescimento. São ondas que se repetem até os dias atuais.
Capitalismo Comercial
Fase em que prevaleceu o capitalismo comercial ou mercantilismo. As potências da época eram Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda e França. Estas, através das Grandes Navegações e das Expansões Marítimas Europeias, buscaram novas terras e mão de obra escrava para enriquecer.
Uma parte do lucro estava com a nobreza e a outra parte se concentrava com os comerciantes, que compravam e vendiam mercadorias. O capital era valorizado durante a comercialização, não na produção. Assim, os artesãos começaram a ser cobrados por meio de impostos e taxas dos senhores feudais e cada vez mais endividados, dependiam muito da nobreza e muitos deles tiveram que vender a sua força de trabalho para sobreviver.
Capitalismo Industrial
Ocorre, na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, com a Revolução Industrial que ajudou a fortalecer o capitalismo. Todo o capital, que anteriormente era acumulado para o comércio concentrou-se na produção, ou seja, houve o prevalecimento do trabalho assalariado para alimentar o modo de produção industrial. Nessa fase há a separação da burguesia e do proletariado. E, esse modo capitalista industrial começou a se espalhar para outras nações que queriam se tornar países industrializados e serem grandes potências internacionais. É nesse período que os donos de fábrica exploravam os trabalhadores através de salários baixos, condições de trabalhos ruins, desemprego, dentre outros problemas. Surgem várias políticas imperialistas e o nacionalismo que dá origem as grandes guerras mundiais do século XX.
Acontecimentos Importantes
- Em 1917, ocorreu a Revolução Russa, cujo maior ideal era transformar a sociedade em comunista e acabar com a burguesia. Por essa grande tensão, posteriormente, houve a Guerra Fria entre 1945 a 1989 e o surgimento de dois blocos econômicos: Capitalista e Socialista.
- Em 1920, no período entre as duas guerras mundiais, com a reconstrução da Europa, os europeus deixaram de comercializar produtos norte-americanos. E, apesar da expansão do capitalismo, com acumulação rígida de capital, por meio do Fordismo – Keynesiano, os americanos passam pela crise de 1929, a Grande Depressão da década de 30, que iniciou com a queda da Bolsa de Valores de Nova York. Nesse período, muitas indústrias quebraram trazendo muitos desempregos. Quer saber mais sobre a bolsa de valores?
- Para combater a crise, em 1933, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt criou o New Deal, um programa do governo voltado para o combater o desemprego. Na Europa surge o Estado do Bem-Estar Social, para regular a economia após a crise de 29. O Estado passa a ser o regulador com o objetivo de evitar crises como a de 1929.
- Surge no século XIX, o socialismo, além de outras correntes filosóficas, como o liberalismo (o Estado não poderia intervir na economia), o imperialismo europeu e o neocolonialismo (no século XIX, quando países europeus começaram a explorar a Ásia e a África, bem como seus recursos e populações).
Capitalismo Financeiro
Essa fase é uma transição entre o capitalismo industrial e acontece no início do século XX. Grandes empresas financeiras e os bancos dominaram e controlaram atividades como o comércio, a pecuária, a indústria e a agricultura. Além disso, começam a surgir as multinacionais (Microsoft, Nike, Exxon, Siemens, etc.), que a medida que crescem, se tornam poderosas, dominando vários setores de produção.
Esse capitalismo teve início na Segunda Revolução Industrial, após a Primeira Guerra Mundial, que foi marcada pela descoberta do Petróleo, como gerador de energia, do motor à combustão, da evolução dos meios de transporte, surgimento de empresas transnacionais, etc.
No atual capitalismo financeiro, grandes corporações se baseiam na circulação de lucro e capital e foi possível que empresas pudessem diversificar seus negócios em outros países. Surge a expansão do liberalismo, ou seja, em que o Estado não pode intervir na economia. Além de empresas que querem tornar suas invenções técnicas numa aplicação prática, cujos financiadores ou investidores seriam os bancos. Algumas indústrias obtém os seus próprios bancos para facilitar o seu financiamento; outro ponto é a internacionalização do capital e as holdings, uma organização composta por várias empresas de vários setores que amplia e diversifica os negócios, além de controlar a oferta de um produto ou serviço. Ex.: O Mitsubishi Group, um dos maiores grupos do mundo, fabricam automóveis, aço, alimentos, televisores, etc. É um conglomerado que possui o seu próprio banco como financiador.
O capitalismo ainda hoje, assusta devido as crises no mercado financeiro, que se espalham por causa da globalização que incorporou quase todos os mercados do mundo.
Socialismo
Anteriomente, o capital se concentrava nas mãos dos grandes donos de indústrias e a população vendia sua mão de obra por baixos salários. Líderes da classe proletária e intelectuais começaram a contestar o sistema vigente e formularam ideologias que se opunham às características do capitalismo.
Uma das ideologias mais importantes foi o socialismo, que originalmente era conhecido por socialismo utópico. Com muitas críticas, aderiram a conceitos sonhadores e românticos e não havia uma visão crítica que o adaptasse ao sistema capitalista.
O socialismo fortaleceu-se no século XIX, como um novo método de estudo da sociedade. Esse sistema promovia a harmonia e a igualdade na distribuição das riquezas, dando uma vida justa para população e sendo uma forma de superar o capitalismo. Nesse sistema os trabalhadores iriam comandar e não haveria a força do Estado.
Inicialmente os primeiros socialistas que existiram foram críticos e pensadores como Saint-Simon, que odiava a classe dos comerciantes e banqueiros e defendia a existência de uma sociedade de cientistas, economistas, operários e empresários de indústrias; o francês Charles Fourier, que defendia o trabalho como voluntariado e gerador de prazer pessoal; Robert Owen, um empresário inglês que procurou melhorar as condições dos operários de suas fábricas.
Apesar dessa revolta, os ideais românticos não eram suficiente para parar o capitalismo. Até que os filósofos Karl Marx e Frederich Engels criaram os fundamentos do socialismo científico. Para Marx, com a publicação do 'Manifesto Comunista', em 1948, ele abordou que com as desigualdades do capitalismo nasceria a luta de classes, considerada o motor da história, fundamental para inflamar uma Revolução Socialista, defendida pela classe proletária.
Correntes do Socialismo
Dentro do Socialismo, existem outras correntes, veja algumas delas:
- Socialismo Democrático;
- Socialismo Africano;
- Socialismo Utópico;
- Socialismo Revolucionário;
- Socialismo de Mercado;
- Socialismo Árabe;
- Eco-Socialismo;
- Comunismo, etc.
O primeiro país a ser considerado socialista foi a extinta União Soviética, no período da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918). Logo após, em 1924, foi criada a República Popular da Mongólia. Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foram criadas na Europa Oriental, oito democracias populares e também a Coreia do Norte. Em 1949, surge a República Popular da China e após 25 anos, países como Cuba, Vietnã, Laos e Cambodja foram se tornando socialistas.
Na década de 1950, o capitalismo começou a atingir a Europa Oriental e a União Soviética, sendo amplamente difundido entre 1989 e 1991. Após isso, a República Popular da China, depois do Golpe de Estado em 1976, o capitalismo foi minando aos poucos e eliminando as conquistas dos operários e fazendo surgir a propriedade privada e o pagamento pela força de trabalho. A China começou a se tornar dependente das forças imperialistas do capitalismo.
Atualmente, o sistema socialista é adotado pelos partidos comunistas que são a República Socialista de Cuba, República Democrática Popular da Coreia, República Socialista do Vietnã e a República Democrática Popular Laoana. Apesar de terem aderido a esse sistema, é preciso realizar um estudo separadamente de cada um, para descobrir de qual corrente eles fazem parte.