Marketing Turístico Internacional do Brasil
Um grande legado para o país
As grandes transformações que o Brasil viveu nesta década ganharão novo impulso com a realização, com apenas dois anos de intervalo, de uma Copa do Mundo de Futebol e uma edição dos Jogos Olímpicos.
A oportunidade de projetar o país no mundo, de construir uma imagem de modernidade, competência para receber grandes eventos, aliada às já conhecidas belezas naturais e culturais do país, farão do Brasil um dos principais destinos turísticos do mundo até 2020.
Para o Ministério do Turismo, planejamento é a palavra-chave para vencer os desafios que temos pela frente para aproveitar essa oportunidade.
Uma parte essencial desse planejamento é o que estamos finalizando agora, com o lançamento do Plano Aquarela 2020 - que traça metas e objetivos para que o Brasil consiga antes, durante e depois dos grandes eventos esportivos se projetar como destino turístico no exterior e, além de aumentar o fluxo de turistas estrangeiros, incentivar que suas viagens ao país durem mais tempo, visitem novos destinos que vão despontar com a grande exposição que teremos na mídia internacional. O objetivo principal é garantir mais desenvolvimento para todas as regiões do país, gerando emprego e renda e dando a contribuição do turismo para a diminuição das desigualdades regionais.
Na outra ponta do planejamento das ações do Ministério do Turismo, estão os temas ligados à qualificação e à promoção dentro do país. Várias ações já estão em andamento, como o programa Olá, Turista, que deve treinar 80 mil pessoas nos idiomas inglês e espanhol somente em 2010.
Vamos olhar também para o grande mercado doméstico para o turismo, incentivando os brasileiros a viajar dentro do país durante os eventos, conhecendo as cidades-sede e os roteiros regionais que estão sendo desenvolvidos para o período dos eventos.
As obras de infraestrutura planejadas trarão uma nova qualidade para a mobilidade urbana, a malha rodoviária, os aeroportos e terminais rodoviários. São questões que impactam diretamente o turismo e se constituirão em grandes legados para o país.
Não podemos esquecer que muito já vem sendo feito, por exemplo, com o Prodetur, um grande programa na área de infraestrutura turística, com obras e ações para melhorar acessibilidade, sinalização turística, saneamento, patrimônio histórico e condições da orla. São US$ 2,3 bilhões em investimentos que ajudarão o Brasil a receber, de braços abertos, e com toda a infraestrutura e qualificação necessária, milhares de turistas brasileiros e estrangeiros na próxima década.
Luiz Barretto
Ministro do Turismo
Dezembro de 2009
O Brasil revelado
A transformação de eventos esportivos como a Copa do Mundo de Futebol e os jogos Olímpicos em espetáculos transmitidos para todo o mundo mudou também seu significado para o país e a cidade que os sedia. Hoje, esses megaeventos são capazes de transformar cidades turísticas, alavancar o turismo e outros setores da economia e deixar como herança uma imagem melhorada, ampliada e consolidada do país.
O Brasil não será o mesmo depois de sediar, com intervalo de apenas dois anos, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. Até 2016, serão sete anos de grandes investimentos em infraestrutura, mobilidade, projetos ambientais, qualificação de pessoal, renovação de várias áreas urbanas - muitos deles já iniciados.
Mas a grande oportunidade será revelar, para o mundo, um país ainda pouco conhecido em toda a sua diversidade para os bilhões de pessoas que assistem, pela TV, acompanham na internet ou pelos jornais e revistas, esses eventos. Esses espectadores não assistem apenas as competições, mas têm acesso à divulgação da cultura e da forma de viver do povo, dos principais atrativos turísticos, de paisagens diversas... O Brasil terá, durante um longo período de tempo antes, durante e depois da Copa e das Olimpíadas, a oportunidade de revelar, para o mundo, toda a sua diversidade, sua capacidade de receber grandes eventos, sua nova posição econômica e política no mundo.
O Brasil saberá entrar para a história como mais um caso de sucesso na realização tanto da Copa como das Olimpíadas - eventos que serão marcados por grande conectividade, pela importância da internet como meio de comunicação e promoção até então nunca vista e pela afirmação do Brasil e da América do Sul em uma nova posição no cenário global. O turismo colherá, desse processo, mais frutos do que qualquer outro setor.
Com o Plano Aquarela 2020, a EMBRATUR dá sua contribuição para esse processo, que envolve não só o governo, mas toda a sociedade brasileira. Apoiado em pesquisas, estudos e na experiência exitosa de seus anos de promoção turística internacional, o plano oferece, para a próxima década, o planejamento, a estratégia e as principais ações para trabalhar a promoção e a imagem do Brasil como destino turístico.
Ao oferecer ao país um plano consistente para a próxima década, a EMBRATUR renova seu compromisso com o trabalho, profissional e apaixonado, para desenvolver o Turismo no Brasil, contribuindo para a geração de emprego, renda e oportunidades para todas as regiões.
Jeanine Pires
Presidente da EMBRATUR
Dezembro de 2009
Construindo o futuro
Como será o Brasil como destino turístico em 2020? Que imagem os viajantes estrangeiros levarão do Brasil? Como será o posicionamento do país no mercado de turismo global após a realização de uma Copa do Mundo e de uma edição dos Jogos Olímpicos? Teremos novos produtos e destinos, novos ícones?
As imagens de sonho que vêm à cabeça dos brasileiros ao tentar responder a essas perguntas é o que perseguimos como meta neste Plano Aquarela 2020, que a EMBRATUR apresenta so setor de turismo e à sociedade brasileira.
É uma estratégia construída a partir de dois pilares.
O primeiro é o posicionamento competitivo que o país já tem hoje, como líder na América Latina, para os principais mercados turísticos do mundo. Esse posicionamento é resultado do trabalho realizado desde 2003, quando o Ministério do Turismo foi criado para garantir a implementação de políticas públicas para o setor e a EMBRATUR recebeu a missão de promover o Brasil como destino turístico no exterior. Um trabalho que trouxe também impactos diretos para o desenvolvimento do país, como a entrada de quase 6 bilhões de dólares em 2008 (número 132% superior ao de 2003) e a consolidação do Brasil no sétimo lugar entre os países que mais recebem eventos internacionais no mundo.
O segundo é o conjunto de pesquisas periódicas realizadas com visitantes estrangeiros, representantes do setor turístico no Brasil e no exterior, sondagens de imagem e acompanhamento da imprensa internacional - que nos dão um diagnóstico atualizado da situação competitiva do país e de sua imagem internacional. Incorporamos também os estudos de importantes experiências de outros países que realizaram Jogos Olímpicos ou Copa do Mundo, buscando adaptá-las à realidade brasileira.
Foram esses referenciais que guiaram também a primeira edição do Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil, em 2004, e suas atualizações anuais. Todo esse processo, que permitiu acumular avanços que posicionaram o país como um dos principais emergentes no turismo mundial, está registrado no apêndice deste documento.
Com a realização, em um curto período, da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o país ganha condições de atingir um novo patamar na sua promoção e como destino turístico global. A estratégia - metas e objetivos de marketing internacional do turismo brasileiro para 2020 - aqui apresentada é um planejamento consistente e os primeiros passos para uma nova etapa da promoção do país. É também uma ferramenta de trabalho para construir nossos sonhos, hoje e nos próximos anos.
O turismo no mundo
Em 2008, 922 milhões de turista circularam pelo mundo. Há apenas três décadas, esse número não ultrapassava 277 milhões. A evolução dos transportes, das telecomunicações e a globalização da economia foram grandes impulsionadores das viagens - e fizeram o turismo se transformar em uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo e um dos principais pilares do comércio internacional.
A renda total gerada pelo turismo internacional em 2008 alcançou US$ 1,1 trilhão e respondeu por 30% de todas as exportações de serviços do mundo. Esse crescimento veio acompanhado de uma mudança expressiva nos roteiros de viagens. Regiões emergentes, como a América do Sul, vêm despontando como destino de um número cada vez maior de viajantes. Em 1950, apenas 3% dos turistas dirigiam-se para fora dos 15 principais receptores (países da Europa, Estados Unidos, Canadá e México). Em 1990 esse índice chegou a 31% e em 2008 alcançou 45% das chegadas de turistas internacionais.
Esse quadro, ainda em desenvolvimento, exige dos países grande ofensiva de marketing para disputar o mercado - que deve movimentar 1,6 bilhão de turistas pelo mundo em 2020, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Essa previsão foi mantida mesmo com as dificuldades vividas em 2009, ano em que a crise econômica global trouxe consequências para o setor em praticamente todo o mundo. Mas, no período de julho/agosto, assim que começaram a aparecer sinais de abrandamento da crise, já se observou a desaceleração da queda no turismo internacional que se iniciara no segundo semestre de 2008.
Ainda segundo a OMT, a América do Sul é uma das regiões que vêm apresentando melhor desempenho dentro desse quadro, com previsão de encerrar o ano com queda de 1%, contra uma média de 5% nos números globais. O Brasil, destino líder nesta região, em grande parte tem sido responsável, historicamente, pelo crescimento e consolidação da América do Sul.
A realização de megaeventos esportivos, como em outras partes do mundo, certamente consolidará essa posição e será uma oportunidade sem precedentes para que o país cresça, nos próximos anos, em índices acima da média mundial e também superiores aos sul-americanos.