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Projeções e Cenários para o Turismo no Brasil

Metodologia

A elaboração de cenários é uma das principais ferramentas auxiliares ao processo de planejamento e definição de estratégias. Considera a análise do passado e do presente dos principais eventos econômicos e não-econômicos para reduzir as incertezas em relação ao futuro. É útil para orientar os gestores, públicos e privados, a respeito das condições internas e externas que afetam a dinâmica da atividade, e fazê-los conscientes das variáveis que afetam o desenvolvimento do turismo no País. Entretanto, vale ressaltar que a elaboração de cenários é um exercício na tentativa de "previsão de incertezas".

Em relação à construção de cenários, existe uma série de métodos de análise e um conjunto diversificado de técnicas utilizadas, ente os quais destacam-se:

Análise Lógica Indutiva

Não utiliza nenhum algorítimo matemático e admite que as decisões sejam fundamentadas em um conjunto de interrelações e interdependências adimensionais envolvendo variáveis sociais, políticas, tecnológicas, ambientais, e econômicas;

Análise de Impactos de Tendências

Baseia-se nas técnicas de previsão clássica (modelos econométricos combinados com técnicas de distribuição de probabilidades e análises qualitativas). Segundo Grumbach & Marcial, a vantagem dessa análise é que ela proporciona sinergia entre os fatores qualitativos e os métodos analíticos.

Análise de Impactos Cruzados

Tem como pressuposto a existência de interrelações de eventos futuros, que são quantificados e avaliados através do cruzamento de probabilidades. Apesar de ser bem mais flexível do que os modelos econométricos, a subjetividade na atribuição das probabilidades aos eventos pode comprometer o processo.

Análise de Godet

Método desenvolvido por Michel Godet e constituído por duas etapas: (i) a Construção da Base, que tem como objetivo a delimitação do sistema a ser analisado, a determinação das variáveis-chave através da análise estrutural e o estudo da estratégia de atores; e (ii) a Construção de Cenários que, além de elaborar hipóteses, deverá hierarquizar os cenários. Esse é o método mais utilizado para elaborar cenários que envolvem sistemas complexos.

Analisando essas metodologias, decidiu-se utilizar a combinação entre os métodos de Análise Lógica Indutiva e Análise de Impacto de Tendências na construção dos cenários do Turismo 2011-2014, por serem considerados os mais adequados para o conjunto de informações disponíveis.

A combinação das duas técnicas de análise permite identificar e selecionar as combinações coerentes e plausíveis, delimitando o conjunto de possibilidades para o futuro do Turismo brasileiro, pra os próximos quatro anos.

Assim, utilizando os conceitos de crescimento do Turismo e de competitividade turística, e combinando as hipóteses alternativas para um conjunto de incertezas críticas externas e internas, foram desenhados três diferentes cenários para o Turismo brasileiro nos próximos quatro anos.

O primeiro cenário combina condições externas e internas favoráveis cujo resultado é o crescimento acelerado do Turismo com ganhos de competitividade turística. O segundo cenário combina condições externas e internas moderadamente favoráveis, o resultado é o crescimento moderado do Turismo com pequenos ganhos de competitividade turística. E, por último, o terceiro cenário, que combina as condições externas e internas desfavoráveis, cujo resultado é o crescimento inercial com problemas de competitividade.

Na sequência, são apresentadas as premissas e seu comportamento em cada um dos cenários analisados.

PREMISSAS

Para a construção dos cenários para o Turismo no Brasil no período 2011 a 2014 foi elencada uma série de premissas que impactam o desenvolvimento do setor. Essas premissas devem ser acompanhadas ao longo do tempo, em um processo permanente e sistemático de avaliação da realidade à luz do que foi antecipado, de forma a ajustar a estratégia na medida em que esta é implementada.

As premissas foram divididas em dois grandes grupos: condições externas ao setor de turismo e condições internas ao setor. No grupo de condições externas, encontram-se as variáveis que o setor de turismo brasileiro, público e privado, exercem pouca ou nenhuma governança. Dentre estas, as premissas externas foram divididas em:

  • Dimensão Econômica
  • Dimensão Política
  • Dimensão Ambiental
  • Dimensão Social
  • Agenda Governamental

No grupo de condições internas, destacam-se as premissas que o setor de Turismo possui responsabilidade e influência direta sobre as decisões e, consequentemente, é responsável pelos resultados. neste contexto, as premissas foram divididas em seis grupos:

  • Estrutura de Mercado
  • Governança e Investimentos Públicos
  • Investimentos Privados
  • Acesso e Mobilidade
  • Turismo Internacional
  • Turismo Doméstico

Condições Externas

Dimensão Econômica

O Turismo é um setor econômico dinâmico, globalizado e fortemente influenciado por diversas variáveis, tais como, o nível de renda per capita, taxa de câmbio, crescimento da economia mundial, nível de crédito, taxa de juros, entre outras. A retomada do crescimento da economia mundial após a crise iniciada em 2008 deverá possibilitar uma expansão da economia mundial, o que será fundamental para impulsionar o setor de Turismo. No entanto, existem ainda alguns fatores que podem inibir o ritmo de crescimento da economia mundial em um período pós-crise e, consequentemente, da economia brasileira. Por exemplo, um possível aumento na taxa de juros dos Estados Unidos pode reduzir a capacidade de expansão da economia mundial e afetar negativamente a economia dos países emergentes, como o Brasil.

Em relação às finanças internacionais, a alta liquidez internacional e as baixas taxas de inflação têm possibilitado o registro de taxas de juros reais menores, reduzindo o custo de financiamento das economias emergentes e possibilitando uma tendência de declínio nas taxas de juros internacionais. O bom desempenho das economias dos países em desenvolvimento e as projeções otimistas, em relação ao crescimento sustentado no médio prazo, tende a aumentar o fluxo de investimentos para esses mercados nos próximos anos.

No que tange à economia nacional, a continuidade das políticas macroeconômicas tem demonstrado o compromisso do país em relação à responsabilidade fiscal, estabilidade monetária e câmbio flutuante. É importante destacar que o regime de câmbio flutuante permitiu o ajustamento das contas externas, o que possibilitou uma renegociação voluntária das dívida externa, com o melhoramento do seu perfil. Neste cenário, a vulnerabilidade do país vem se reduzindo sistematicamente, trazendo impactos importantes para as variáveis que afetam diretamente o Turismo, como, por exemplo, a taxa de câmbio (US$).

A valorização da moeda nacional tem favorecido a expansão das importações brasileiras, fator que tem sido considerado positivo para o País, uma vez que cerca de 70% das compras externas está diretamente vinculada à indústria, correspondendo à compra de matérias-primas e máquinas para a modernização do parque industrial. Com a estabilidade macroeconômica interna e a redução na vulnerabilidade externa, o Risco Brasil caiu significativamente e, como um dos resultados diretos, a economia brasileira obteve a classificação de investiment grade. Com a classificação, as empresas brasileiras tiveram maiores facilidades para captar recursos no mercado internacional, o que deverá aumentar o ritmo de crescimento da economia nacional.

No entanto, essa valorização do real acabou afetando de maneira negativa o saldo da conta Turismo da balança de pagamentos, uma vez que a entrada de divisas é menos sensível à variação na taxa de câmbio do que as despesas, como mostra o gráfico a seguir. Essa menor sensibilidade da receita de divisas em relação à taxa de câmbio se explica por dois motivos: primeiro, apesar do fluxo intrarregional (a América Latina representa 38% do mercado emissor para o Brasil) ser muito sensível às variações no câmbio, o fluxo interregional, que representa 62% (principalmente América do Norte e Europa), é pouco sensível; segundo, as viagens de negócios são menos sensíveis à variação na taxa de câmbio do que as viagens de lazer. Assim, sendo tudo o mais constante gera uma desvalorização cambial, o que tende a aumentar a entrada de divisas, uma vez que, apesar de não afetar a vinda dos turistas europeus e norte-americanos, atrai mais turistas sul-americanos e, por conseguinte, mais divisas.

Gráfico EVolução Conta Viagens

Para a dimensão econômica, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Crescimento da economia mundial;
  • Crescente investimento estrangeiro no Brasil;
  • Comportamento do preço do petróleo;
  • Comportamento da taxa de juros norte-americana;
  • Manutenção da política macroeconômica vigente;
  • Comportamento da taxa de juros reais do Brasil;
  • Comportamento da Inflação no Brasil;
  • Comportamento da taxa de câmbio;
  • Comportamento do Risco-país;
  • Evolução do crédito ao consumidor;
  • Taxa de crescimento da renda per capita do brasileiro;
  • Expansão do consumo das famílias;
  • Aumento da poupança interna do brasileiro.

Dimensão Política

A influência das políticas públicas tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento do Turismo, uma vez que, a atividade turística necessita direta e indiretamente da estrutura institucional do estado e da infraestrutura pública para garantir melhores resultados em termos de geração de lucro para as empresas, emprego e renda para a economia. Ressalta-se que o crescimento econômico sustentável depende da estabilidade política, que poderá possibilitar a continuidade nas reformas estruturais, criando melhores condições para atrair investimentos para a economia em geral e para o setor de Turismo em particular.

Desta forma, para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Transição democrática e madura 2010/2011;
  • Ambiente de estabilidade de regras para incentivar o investimento na economia brasileira;
  • Execução dos programas de investimentos em infraestrutura, com vistas à realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA em 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Realização de investimentos públicos acompanhando o desenvolvimento do setor privado;
  • Consolidação do Brasil como liderança econômica e política na América do Sul.

Dimensão Social

O Turismo pode ser considerado importante ferramenta de desenvolvimento social, uma vez que age como catalisador do desenvolvimento de outras atividades econômicas em seu entorno e contribui para a qualidade de vida da população. Outro fato que merece ser destacado é a capacidade do Turismo no processo de inclusão social em regiões com poucas alternativas de desenvolvimento.

Os programas sociais, como o bolsa família e bolsa escola, executados nos últimos anos no país têm contribuído para a redução do trabalho infantil, a ascensão socioeconômica das classes mais pobres e dinamização de economias locais. O aumento da classe média tem efeitos sobre o consumo interno, inclusive de serviços e produtos turísticos. As condições macroeconômicas atuais contribuem para a continuidade deste quadro. Neste contexto, foram avaliadas as seguintes premissas para o período 2011-2014:

  • Manutenção dos programas de transferência de renda;
  • Ampliação da geração de postos de trabalho (formais e informais);
  • Redução das desigualdades regionais;
  • Redução dos níveis de pobreza;
  • Oferta de vagas para qualificação profissional.

Dimensão Ambiental

O agravamento dos problemas climáticos em nível mundial aumentou a discussão sobre as estratégias que deverão ser adotadas para garantir a sustentabilidade do Turismo nacional, essencial na preservação dos ecossistemas, uma vez que muitas de suas atividades acontecem em ambientes ecologicamente frágeis. Além disso, a utilização de práticas sustentáveis, além de representarem, a longo prazo, economia de recursos, contribui para a preservação do atrativo turístico.

Em relação às implicação das mudanças climáticas sobre o Turismo, a publicação do documento Climate Change and Tourism - Responding to Global Challenges, da Organização Mundial do Turismo, é o reconhecimento da importância do Turismo no processo de desenvolvimento sustentável. Segundo o documento, as alterações climáticas podem causar impactos diretos sobre os destinos turísticos, seus níveis de competitividade e de sustentabilidade. Principalmente, em determinadas regiões turísticas, onde o meio ambiente é o principal recurso para a atividade.

A realização da Confederação das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em 2012, no Rio de Janeiro, estimulará as discussões sobre o tema na mídia brasileira, o que pode influenciar padrões de consumo em todo país. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Ampliação das políticas de proteção ambiental;
  • Maior conscientização sobre as consequências do aquecimento global;
  • Maior utilização de práticas sustentáveis pelas empresas do setor;
  • Maior compreensão do Turismo como forma de sustentabilidade econômica da proteção ambiental;
  • Valorização do Turismo sustentável.

Agenda Governamental

A carga tributária elevada aumenta os custos de produção, o que reduz a competitividade dos produtos e serviços nacionais em relação aos estrangeiros. Para crescer a taxas maiores e de forma sustentável, o governo deve procurar alternativas para reduzir o peso dos impostos sobre os produtos e serviços nacionais, sem reduzir o volume dos investimentos necessários. A redução da carga tributárias poderá aumentar a competitividade do setor de Turismo nacional.

Do mesmo modo, a reforma da legislação trabalhista e a reforma previdenciária poderão contribuir para reduzir os custos de produção e para a redução da informalidade e melhoria das condições de trabalho no setor. São ações estratégicas não só para a composição de custo como também para o aperfeiçoamento da operação das empresas de Turismo, contribuindo para o desenvolvimento do setor. Sua realização melhorará o ambiente de negócios da economia brasileira, e o início de um novo governo abre espaço para a discussão e defesa desta agenda de reformas, que avançou pouco nos últimos anos. Nesse contexto, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Realização de reforma tributária;
  • Realização de reforma trabalhista;
  • Realização de reforma previdenciária.

Condições Internas

Estrutura de Mercado

O aumento da competição deve dominar o cenário das empresas do setor de Turismo nos próximos anos. A concretização dos investimentos públicos para a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e para os XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016 vão consolidar a confiança dos investidores privados, que serão estimulados a ampliarem seus investimentos. A ocorrência de novos atores no mercado promoverá uma concorrência por preço e qualidade. Novos arranjos comerciais devem ser observados, devido ao interesse de grandes grupos estrangeiros no mercado brasileiro. Isto poderá promover mudanças na estrutura de mercado tradicional observada no Brasil.

Este contexto sinaliza para a necessidade de melhoria de gestão, governança corporativa e investimentos em tecnologia. A internet tende a se consolidar como canal de vendas, a partir da demanda do mercado consumidor, que possuirá um papel cada vez mais ativo e independente. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Crescimento do setor turístico;
  • Aumento do papel da internet como canal de comercialização dos serviços turísticos;
  • Nível de exigência dos turistas, buscando melhor relação custo-benefício;
  • Tendência à concentração de mercado como ameaça às pequenas e médias empresas;
  • Investimentos em gestão, inovação e tecnologia para aumentar a produtividade das empresas da cadeia produtiva do Turismo;
  • Ampliação da qualificação da mão de obra em toda a cadeia produtiva do Turismo;
  • Expansão e renovação da oferta hoteleira.

Governança e Investimentos Públicos

A manutenção da política específica para o setor de Turismo, executada através do Ministério do Turismo, deverá afetar positivamente a dinâmica do processo de desenvolvimento turístico. O Plano Nacional de Turismo lançado em 2003 e, atualizado em 2007, definiu as diretrizes do planejamento da atividade, destacando a sua relevância na geração de divisas, emprego, renda e inclusão social.

O Programa de Regionalização do Turismo tem contribuído para o processo de desenvolvimento do Turismo brasileiro e deve continuar a orientar as ações de estruturação da oferta turística. Os 65 destinos indutores poderão estar sujeitos à análise conforme desempenho do seu índice de competitividade, de forma a estimular a qualificação do produto turístico brasileiro. Os investimentos do Programa de Desenvolvimento do Turismo, Prodetur Nacional, deverão suprir algumas necessidades atuais para o desenvolvimento turístico dos estados habilitados a participar do programa.

Em paralelo, os megaeventos esportivos, que possuem uma grande influência na atividade turística, deverão demandar uma nova linha de prioridade de ação para o setor público. Estes megaeventos serão responsáveis por uma oportunidade sem precedentes em termos de cooperação institucional, tanto entre gestores públicos quanto na integração público-privada. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Mobilização e cooperação entre poder público e iniciativa privada, para a realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Garantia dos investimentos, das três esferas de governo para viabilizar a infraestrutura necessária à Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e aos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Ação interministerial para a realização de investimentos ligados, direta e indiretamente, ao Turismo para a realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Manutenção e aceleração dos programas de investimentos em infraestrutura;
  • Estímulo aos processos de participação e descentralização das políticas públicas de Turismo e fortalecimento das instâncias de governança;
  • Monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Turismo;
  • Fortalecimento político-institucional da gestão pública do Turismo em âmbito nacional, estadual e municipal;
  • Apoio do Congresso Nacional ao setor de Turismo;
  • Implementação efetiva da Lei Geral do Turismo.

Investimentos Privados

A estabilidade econômica e a manutenção das regras são fatores fundamentais para a ampliação dos investimentos privados no Turismo brasileiro. O setor de Turismo brasileiro. O setor de Turismo também possui particularidades quanto ao financiamento e adequação das linhas de financiamento existentes. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Adequação e ampliação das linhas de financiamento para o Turismo (prazo, taxas e garantias), com vistas à realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Ampliação dos investimentos em hotelaria, realizados por grupos nacionais e internacionais;
  • Ampliação da capacidade de investimento nas empresas aéreas nacionais, com o aumento da participação do capital estrangeiro;
  • Ampliação dos investimentos privados nos destinos turísticos;
  • Qualificação dos tomadores de crédito.

Acesso e Mobilidade

Uma das principais limitações para o desenvolvimento do Turismo brasileiro diz respeito às questões de acesso e mobilidade urbana. Desta forma, o desenvolvimento do Turismo no País está condicionado a uma mudança na regulamentação e regulação do transporte aéreo internacional para o Brasil, ao crescimento no número de voos internacionais, à melhora na regulamentação e regulação do transporte aéreo doméstico e à melhor e maior integração da malha aeroviária e das condições das vias de acesso terrestres e aquaviárias.

Em relação à infraestrutura, diversos investimentos relacionados à mobilidade urbana e à acessibilidade aérea, terrestre e aquaviária serão realizados, para permitir a realização bem-sucedida da Copa em 2014, quando são esperados cerca de 500 mil turistas, apenas no mês de realização do evento. O país terá uma substancial melhora em termos de logística de transporte, o que será extremamente positivo para o Turismo. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Execução do PAC da mobilidade urbana para a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014;
  • Ampliação e melhoria da infraestrutura aeroportuária e da capacidade de atendimento dos principais terminais aéreos do país;
  • Ampliação do número de voos internacionais para o Brasil;
  • Ampliação da oferta de assentos e destinos pelo transporte aéreo doméstico;
  • Melhoria da integração da malha aeroviária doméstica;
  • Capacidade das empresas aéreas brasileiras em atender a demanda futura; Fortalecimento da aviação regional;
  • Melhoria das vias de acesso (terrestre e aquaviária) aos destinos turísticos;
  • Melhoria da sinalização turística urbana e rodoviária;
  • Gestão estratégica da informação relativa à logística de transportes para o Turismo.

Turismo Internacional

Os principais destinos emissores dentre os países desenvolvidos ainda sofrerão com os impactos da crise econômica, principalmente pela evolução dos índices de desemprego e da dificuldade de acesso ao crédito. Isso terá impacto nas viagens de norteamericanos e europeus ao Brasil, um destino de longa distância e com custo ainda elevado. Os fluxos de Turismo internacional devem se intensificar com origem nos BRICs, principalmente China e Índia, alavancados por mútuos interesses comerciais. Adicionalmente, o Brasil terá um reforço espontâneo de exposição na mídia por conta da realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016. Estes eventos poderão também incentivar o aumento das viagens oriundas dos países vizinhos ao Brasil, reforçando o fluxo turístico intrarregional.

Outro ponto a ser ressaltado é o conjunto das ações do Ministério do Turismo, que por meio da Embratur, vem realizando um consistente trabalho na promoção do destino Brasil no exterior, iniciando a trajetória necessária para a consolidação do país como um destino turístico global. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Visibilidade ampliada do Brasil na mídia internacional, ao sediar os megaeventos Jogos Militares, Rio +20, Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Flexibilização dos acordos bilaterais com relação à entrada dos estrangeiros no país;
  • Facilitação dos processos de emissão de vistos;
  • Modelo operacional verticalizado para operadoras internacionais na comercialização do destino Brasil, sem integração com atores locais;
  • Maior participação dos países em desenvolvimento no mercado global de Turismo; consolidação do Mercosul como principal mercado para o Brasil;
  • Fortalecimento da estratégia de promoção do Brasil no exterior;
  • Consolidação do Brasil como destino para eventos internacionais.

Turismo Doméstico

O mercado turístico doméstico tem crescido exponencialmente, sustentando a demanda em momentos em que a conjuntura externa apresentou-se desfavorável. Dessa forma, esse mercado consumidor vem ganhando relevância, alvo tanto de ações comerciais da iniciativa privada como de políticas públicas.

Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Inclusão de novos mercados consumidores para o setor de Turismo;
  • Maior participação do Turismo na cesta de consumo das famílias;
  • Aumento do número de viagens domésticas;
  • Melhoria da qualidade dos produtos e destinos turísticos;
  • Consolidação dos produtos turísticos regionais.

Setas Cenários Crescimento

 


Cenários

Os cenários apresentam situações estruturalmente diferentes, cujo objetivo é monitorar a evolução de "variáveis condutoras"que, interagindo de forma dinâmica, podem nos dirigir de um cenário presente para um dos plausíveis cenários futuros. Esses cenários são narrativas sobre o futuro, consistentes e cuidadosamente estruturadas entre variáveis, com o propósito de orientar o planejamento.

Tendo como referência os cenários futuros, são apresentadas as projeções compatíveis dos principais indicadores do Turismo no Brasil, de forma a propiciar seu acompanhamento. Estes indicadores, diretos e indiretos, são conceituados e apresentados no Turismo no Brasil e têm constituído referência para a avaliação e monitoramento do Plano Nacional de Turismo.

Como ressaltado anteriormente, a partir da combinação das hipóteses alternativas para o conjunto das premissas descritas e da avaliação das variáveis econômicas que condicionam os principais indicadores do Turismo no país, foram desenhados três cenários para o período 2011-2014.

Cenário 1 - Crescimento acelerado com ganhos de competitividade

Este cenário é constituído por uma combinação de condições externas e internas favoráveis ao processo de crescimento, desenvolvimento e de melhoria na competitividade turística. A tabela abaixo apresenta as projeções das variáveis econômicas quantitativas mais importantes para o crescimento e desenvolvimento do Turismo, compatíveis com este cenário.

Tabela Projeção Variáveis Cenário 1

Neste cenário, as condições externas favoráveis deverão permitir uma expansão das economias mundial e nacional, com impactos positivos sobre o setor de Turismo no Brasil. Uma expansão da renda internacional aumentará a demanda por viagens, o que beneficiará o País, considerando os importantes eventos internacionais que serão realizados no período. Também [e importante ressaltar que esse cenário mundial positivo deverá estimular o volume de investimento estrangeiro no Brasil.

Por outro lado, as condições internas favoráveis deverão garantir a expansão da economia nacional que, por sua vez, beneficiará o crescimento do turismo interno.

Com a estabilidade nos preços, o Banco Central terá condições de reduzir a taxa de juros, o que poderá impulsionar os investimentos privados na economia em geral e no setor turístico em especial.

No entanto, devido à forte recuperação da economia brasileira a partir do último trimestre de 2009, o Banco Central deverá aumentar a taxa de juros em 2010 e, possivelmente, deve mantê-la acima de 10% a.a em 2011. Este aumento na taxa de juros, apesar de não afetar o nível de atividade econômica em 2010, reduzirá o ritmo de crescimento em 2011.

A articulação das ações interministeriais para a realização de ações e investimentos ligados direta e indiretamente ao Turismo, aliada à manutenção e aceleração dos programas de investimentos em infraestrutura e à cooperação ente as três esferas do governo serão fundamentais na construção deste cenário, que terá como resultado o crescimento do Turismo e a melhoria expressiva da competitividade turística.

Trajetória

Este é o melhor cenário para o Turismo brasileiro no período 2011-2014. A trajetória de consolidação desse cenário compreende dois subperíodos, divididos por um ponto de inflexão, que corresponde a uma mudança na dinâmica do processo de crescimento e competitividade turística do país.

Fase 1 - 2011-2012

Se por um lado, a volatilidade nos mercados financeiros internacionais e o baixo crescimento das economias são sinais de incerteza na economia mundial, a economia brasileira tem apresentado bons resultados no que se refere à estabilidade econômica e solidez financeira. Este período será marcado pelo aumento dos investimentos públicos na infraestrutura básica, visando à preparação para sediar os eventos internacionais. Essas condições favoráveis deverão estimular o nível de investimento privado nas Atividades Características do Turismo, melhorando a competitividade dos serviços turísticos.

Fase 2 - 2013-2014

Após o período de manutenção das políticas econômicas nacionais e internacionais voltadas para a sustentabilidade do crescimento econômico, haverá uma expansão da renda em nível mundial e nacional. Porém, é importante ressaltar que os resultados desta fase dependerão do planejamento coordenado e cooperado das ações federais, estaduais e municipais e dos investimentos realizados na primeira fase, além da eficácia e eficiência do Estado na condução das reformas e regulação da economia nacional. Além disso, nesta fase haverá uma melhoria na competitividade turística derivada dos investimentos realizados na primeira fase.

O gráfico abaixo representa a projeção das ocupações geradas nas Atividades Características do Turismo para o período de 2010-2014.

Gráfico Projeção Ocupações 2010 2014

Para as projeções da geração de ocupação (emprego formal e informal) nas Atividades Características do Turismo, foram utilizados os dados da Rais (registro nacional de emprego formal) e um coeficiente de 1,3 para o emprego informal, ou seja, para cada emprego formal existem 1,3 empregos informais. Utilizando a hipótese da existência de correlação positiva entre o nível de emprego nas Atividades Características do Turismo e o PIB, verificou-se que a Relação é de 1,16, ou seja, o nível de emprego tende a crescer 16% acima da taxa de crescimento do PIB. Sendo assim, aplicando 1,16 nas taxas de crescimento do PIB, projetadas para cada ano e para cada cenário, determinou-se o índice de variação do emprego nas Atividades Características do Turismo. O nível de emprego para cada ano e para cada cenário foi determinado aplicando o índice de variação do emprego na base de 5.408.192 empregados, de 2009.

A tabela acima representa as projeções, para este cenário, do nível de ocupação nas Atividades Características do Turismo e de alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado de trabalho no setor de Turismo.

Tabela Indicadores Turismo Internacional

Gráfico Projeção Viagens Domésticas

As projeções referentes às Viagens Domésticas, foi utilizada a hipótese de que essa variável possui uma forte correlação com a taxa de crescimento do PIB. Verificou-se que a relação é de 1,24, ou seja, as viagens domésticas crescem 24% acima da taxa de crescimento do PIB. Aplicando 1,24, nas taxas de crescimento projetadas para cada ano e para este cenário, foi determinado o índice de crescimento das Viagens Domésticas. Por fim, aplicando o índice na base 175.441.253 de 2009, foram encontrados as projeções para o período.

A tabela acima apresenta as projeções das viagens domésticas e alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado turístico doméstico.

Tabela Projeção Indicadores Viagens Domésticas

Gráfico Projeção Divisas Internacionais

Considerando as projeções para a entrada de divisas internacionais a partir do turismo, foram realizados testes de correlação entre esta variável e [Taxa de Câmbio (TC); Taxa de variação do PIB Mundial (PIBMund.); Número de Assentos (Ass.); Desembarques Internacionais (Desemb. Int.); Fluxo Turístico Internacional (Tur. Int.); Gastos dos Estrangeiros com Cartão de Crédito (Gast. Est. Car.); e Entrada de Turistas (Entr. Tur)]. Com base na magnitude das correlações, foi definida uma função de variação na entrada de divisas:

Variação na entrada de Divisas = 0,15 Var. (TC) + 0,13 Var. (PIBMundial) + 0,15 (Var.Ass) + 0,07 Var. (Desemb. Int.) + 0,2 Var. (Gast. Est. Cartão) + 0,15 Var. (Entr. Tur).

Tendo como ponto de partida a entrada de divisas de US$ 5.300.000.000, registrado em 2009, as projeções foram construídas, aplicando o índice de variação (corrigido pela inflação projetada) ano a ano, para cada cenário.

A tabela abaixo apresenta as projeções da entrada de divisas através da conta viagens internacionais, para este cenário e para alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do Turismo receptivo internacional.

Tabela Projeção Indicadores Turismo

Analisando as condições atuais das premissas e as projeções das variáveis ligadas direta ou indiretamente ao desempenho e competitividade da atividade turística, este é o cenário com maior probabilidade de realização. No entanto, é importante ressaltar que a concretização deste cenário dependerá principalmente da eficiência e da eficácia das políticas governamentais que de alguma forma afetam e afetarão a atividade turística.

Cenário 2 - Crescimento moderado com pequenos ganhos de competitividade

Este cenário combina condições externas e internas moderadamente favoráveis, o que significa que o setor de Turismo estaria perdendo uma oportunidade de aproveitar o momento da realização dos eventos internacionais no país para crescer e melhorar a sua competitividade. A tabela abaixo apresenta projeções compatíveis com este cenário.

Tabela Projeção Variáveis Cenário 2

Este é o cenário intermediário para o Turismo brasileiro no período 2010-2014. Neste cenário, as condições externas moderadamente favoráveis deverão permitir uma recuperação das economias mundial e nacional, mas o crescimento será inferior ao registrado no período imediatamente anterior à crise financeira internacional. Sendo assim, impacto sobre o crescimento do Turismo será moderado apesar de o Brasil sediar vários eventos internacionais no período. A possível volatilidade no crescimento da economia nacional será uma variável de incerteza que poderá influenciar negativamente o nível de investimento no setor turístico. Sendo assim, apesar dos investimentos do Estado em infraestrutura, o nível de competitividade dos serviços turísticos será pouco afetado devido ao baixo nível de investimento do setor privado e das condições de concorrência nos setores estratégicos do Turismo, como o transporte aéreo. Neste cenário, apesar do fortalecimento político-institucional da Gestão Pública do Turismo em âmbito nacional, a deficiência nos mecanismos de incentivo, aliada aos problemas de articulação entre as três esferas de governo, também poderá inibir o nível de investimento privado no setor. Além disso, os investimentos na ampliação da capacidade de atendimento dos principais terminais aéreos do país e da melhoria da integração da malha aérea doméstica, devido à falta de concorrência nos setores de transporte, possivelmente não se traduzirá em redução de preços.

Trajetória

Fase 1 - 2011-2012

Apesar das mais recentes estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontarem para uma recuperação das economias mundial e brasileira, as incertezas em relação à solidez dos mercados financeiros persistem. Sendo assim, neste período, a projeção é de baixo crescimento da economia internacional e de crescimento moderado da economia nacional. Nesta fase, uma possível redução no fluxo turístico internacional, derivado do baixo desempenho das economias dos países desenvolvidos será compensada pelo aumento do turismo interno, impulsionado pelo crescimento da renda interna. Devido à necessidade de se adequar às condições estabelecidas pela FIFA e o COI, para sediar a COPA do Mundo de 2014 e os XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016, o governo realizará investimentos na infraestrutura básica. No entanto, falhas no planejamento e na articulação ente as três esferas do Governo poderão gerar distorções nas decisões de investimento, que, por sua vez, terão baixo impacto sobre a competitividade turística do país. Assim como essas condições pouco favoráveis poderão afetar negativamente o nível de investimento privado nas Atividades Características do Turismo.

Fase 2 - 2013-2014 

A adoção de políticas monetárias contracionistas, voltadas para o controle da inflação, poderá reduzir o ritmo de crescimento da renda mundial. Os problemas de acessibilidade e logística podem comprometer o processo de melhoria na competitividade turística. Também é importante destacar que a falta de padronização e de fiscalização dos serviços turísticos poderá comprometer o nível de competitividade do Brasil como destino turístico internacional. Nesta fase, o crescimento do fluxo turístico, associado à realização dos eventos, aliados à falta de concorrência deverá implicar no aumento dos preços dos erviços turísticos.

O gráfico abaixo representa a projeção, para este cenário, das ocupações geradas nas Atividades Características do Turismo para o período de 2010-2014.

Gráficos Projeção Ocupações Criadas

Como no caso do primeiro cenário, as projeções de emprego para o cenário 2 foram determinadas, aplicando os 1,16 (relação enter a taxa de crescimento do emprego e as taxas de crescimento do PIB para este cenário), projetadas para cada ano.

A tabela abaixo apresenta as projeções, para este cenário, do nível de ocupação nas Atividades Características do Turismo e alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado de trabalho no setor de Turismo.

Tabela Projeções Indicadores Mercado Trabalho

As viagens domésticas deverão atingir R$ 222,931 milhões, em 2014, neste cenário.

Gráfico Projeção Viagens Domésticas

Para as projeções referentes às Viagens Domésticas, foi aplicado o índice 1,24 (relação entre a taxa de crescimento das viagens domésticas e o PIB para este cenário) nas taxas de crescimento projetado para a taxa de crescimento do PIB.

A tabela abaixo apresenta as projeções, para este cenário, das viagens domésticas e alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado turístico doméstico.

Tabela Indicadores Mercado Viagens Domésticas

Gráfico Divisas Internacionais Geradas

Para as projeções de entrada de divisas para este cenário, a redução no ritmo de crescimento da entrada de turistas e no crescimento de assentos nos voos internacionais, geram resultados inferiores aos do cenário 1. As divisas deverão atingir R$ 7,65 bilhões, em 2014.

A tabela abaixo apresenta as projeções da entrada de divisas por meio da conta viagens internacionais, para este cenário e para alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do turismo receptivo internacional.

Tabela Projeção Turismo Internacional

Cenário 3 - Crescimento inercial com problemas de competitividade

Este seria o pior cenário para o Turismo brasileiro no período 2010-2014.

Neste cenário, as condições externas e internas são desfavoráveis. As incertezas relacionadas ao sistema financeiro internacional deverão persistir, gerando um impacto negativo sobre as economias mundial e nacional. A tabela abaixo apresenta as projeções das variáveis quantitativas consideradas mais importantes para o crescimento e desenvolvimento do Turismo, compatíveis com este cenário.

Tabela Projeção Variáveis Cenário 3

Neste cenário, o Turismo deverá apresentar um baixo crescimento, com problemas de competitividade. Apesar do fortalecimento da estratéggia de marketing do Brasil no exterior e maior utilização da Marca Brasil, as condições desfavoráveis da economia mundial deverão impactar negativamente no fluxo turístico receptivo internacional.

Em relação à governança e investimentos públicos, os investimentos das três esferas de governo, para viabilizar a infraestrutura necessária para a realização da Copa do Mundo não será suficiente para garantir ganhos na competitividade turística, devido à falta de articulação nas ações interministeriais. A falta de cooperação entre as esferas de governo na condução das políticas relacionadas ao setor de Turismo também inibirá os ganhos de competitividade. Outro fator que poderá mitigar os efeitos dos investimentos sobre a competitividade do setor é a falta de políticas efetivas de qualificação profissional para o Turismo.

Trajetória

Fase 1 - 2011-2012 

Nesta fase, o predomínio das incertezas na economia mundial deverá influenciar negativamente a dinâmica das economias mundial e nacional. É importante ressaltar que a economia brasileira será menos afetada, uma vez que seu desempenho tem sido sustentado pelo mercado interno. Assim, o turismo receptivo ficará estagnado e o turismo interno deverá crescer a taxas inferiores a 5% ao ano. Esta fase será marcada por vultosos investimentos públicos em obras de infraestrutura geral, visando à preparação para sediar a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016.

Fase 2 - 2013-2014

A inflação passará a ocupar o centro das decisões econômicas nos países desenvolvidos. A adoção de políticas monetárias contracionistas poderá reduzir o ritmo de crescimento da renda mundial. Nesta fase, haverá algum crescimento no fluxo turístico interno, provocado pelos eventos internacionais que serão realizados no País. No entanto, devido à qualidade dos investimentos públicos realizados na primeira fase e do reduzido investimento do setor privado, o crescimento da demanda deverá aumentar os preços sem uma melhoria nos serviços ofertados. É importante destacar que devido à falta de articulação das ações interministeriais, para realização dos investimentos ligados direta e indiretamente ao turismo, e à deficiente cooperação ente as várias esferas do governo na condução das políticas relacionadas ao setor, os ganhos de competitividade turística serão insignificantes.

As projeções das variáveis compatíveis com este cenário serão apresentadas a seguir.

O gráfico abaixo representa a projeção das ocupações geradas nas Atividades Características do Turismo para o período de 2010-2014.

Gráfico Projeção Ocupações Criadas Turismo

Utilizando as mesmas hipóteses e os mesmos procedimentos dos cenários 1 e 2, as projeções de emprego para o cenário 3 foram determinadas, aplicando os 1,16 (relação enter a taxa de crescimento do emprego e as taxas de crescimento do PIB para este cenário), no PIB projetado para cada ano.

A tabela abaixo apresenta as projeções para o cenário 2, do nível de ocupação nas Atividades Características do Turismo e alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado de trabalho no setor de Turismo.

Tabela Projeções Mercado Trabalho Turismo

Para este cenário, a projeção de baixo crescimento do PIB tem reflexo negativos sobre o ritmo e a magnitude de crescimento das viagens domésticas.

Gráfico Projeção Viagens DomeÅ›ticas 2014

Tendo por base as projeções referentes às viagens domésticas, para este cenário, foi aplicada a mesma texa de 1,24 (relação enter a taxa de crescimento das viagens domésticas e o PIB deste cenário) nas taxas de crescimento projetadas para o PIB de cada ano.

A tabela abaixo apresenta projeções, para este cenário, da evolução das viagens domésticas e de alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do mercado turístico doméstico.

Tabela Projeções Indicadores Viagens Domésticas

Para este cenário, as projeções de divisas refletem a situação externa desfavorável com baixo crescimento do PIB mundial, aliada a problemas de acesso que estão relacionados ao reduzido efeito dos investimentos na melhoria dos aeroportos e a problemas de ofertas de assentos nos voos internacionais.

Gráfico Projeção Divisas Internacionais

A tabela abaixo apresenta as projeções da entrada de divisas através da conta viagens internacionais, para este cenário e para alguns indicadores indiretos que podem influenciar ou/e representar o desempenho do turismo receptivo internacional. Como pode-se observar, as condições externas e internas desfavoráveis terão impacto negativo na entrada de turistas estrangeiros e reduzido crescimento dos assentos nos voos internacionais.

Tabela Projeção Indicadores Turismo Internacional


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